sexta-feira, 4 de março de 2011

Rotina

Abre os olhos... Já é hora.
Se banha, se arruma, se apressa... Agora!
Corre pra fila do rebanho mameluco, cafuzo... maluco, confuso.
Se expreme no meio do sono, do stress, do abuso.
Põe o mantra pra tocar no ouvido e faz uma reza.
Se sente deslocado ao pensar coisas que ninguém mais preza.
Observa a impaciência da manada quando a carroça se move mais lenta.
Como quem acha que o tempo se move em função do salário que aumenta.
Seja a ovelha negra, a cabeça solitária do gado.
Que imagina como tudo seria se seu real habitat não o tivesse sido negado.
Cumpre teu papel (e quanto papel). Deita a cabeça no travesseiro.
Se conforta em lembrar que as coisas boas exitem numa frase, num poema ou num cheiro (e que cheiro).

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